domingo, 24 de outubro de 2010

ATINGIDO POR CHUVA DE PAPEL PICADO SERRA É HOSPITALIZADO

outubro 24th, 2010 | Autor: Ricky Mascarenhas
Do Blog do Ricky – Sem Mais Delongas

O ex-governador São Paulo José FHC Serra foi hospitalizado hoje e vai ser submetido a uma tomografia detalhada depois de ter sido atingido por uma chuva de papel picado.

O jornal FOLHA DE SÃO PAULO afirmou que a Polícia paulista encontrou 500 folhas de papel A4 e um comitê da candidata Dilma Roussef. O candidato tucano José FHC Serra está exigindo que qualquer cidadão que seja pego portando papel seja indiciado por porte ilegal de armas.

O primeiro boletim médico liberado pelo ex-secretário de Saúde de César Maia indica que José FHC Serra não tem nada na cabeça. Já o rolo de fita crepe nega qualquer envolvimento na fraude da REDE GLOBO e diz não conhecer a bolinha de papel.

O militante que atirou a bolinha de papel no candidato foi condenado a uma semana sem recreio e a CHAMEX está sendo intimada pela Polícia Federal sob a acusação de dar suporte para ataques terroristas.

O PT, por sua vez, de olho no apoio de Marina da Silva, disse em nota oficial que doravante só serão usadas bolas de papel reciclado.

Segundo a nota, as bolas de papel estão sendo vendidas a cinqüenta centavos. O preço de uma tomografia é de setecentos reais e ver a verdade vencendo mentira não tem preço.

O candidato José FHC Serra foi o primeiro ser humano a ser avisado por telefone que está “sentindo-se mal”, a revelação é de VEJA, porta-voz da verdade absoluta. A FOLHA DE SÃO PAULO garante (tem até infográfico) que o papel que deu origem à bola de papel foi comprado com cartão de crédito da ex-chefe do Gabinete Civil Erenice das Quantas.

A FOLHA garante ainda que o candidato José FHC Serra vai processar o papel higiênico. É que foi ao banheiro e em seguida percebeu crime de “violento atentado ao pudor”.

Informações conseguidas junto às autoridades policiais dão conta que na bolinha de papel que atingiu o candidato José FHC Serra estava escrito “não se abandona um líder ferido na estrada”. A assinatura era de Paulo Preto, engenheiro e assessor de José FHC Serra no governo de São Paulo.

O caso ganhou proporções internacionais e o governo dos EUA convocou o Conselho de Segurança das Nações Unidas para aprovar sanções contra o Irã. O país está desenvolvendo projetos de enriquecimento de celulose.

Na área do Judiciário o TSE – TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL – braço da campanha de José FHC, Serra absolveu o rolo de fita adesiva e aceitou a denúncia contra a bola de papel. Essa, por sua vez, nega qualquer vínculo partidário.

Em estado de perplexidade e ao mesmo tempo irado, o candidato José FHC Serra prometeu um tomógrafo para cada escola pública do País. O temor é que as crianças ao perceberem que bolinhas de papel garantem 24 horas de repouso, deixem as escolas vazias.

Por outro lado, as investigações se concentram num veio importante. José FHC Serra teria sido atingido por um pacote de papel A4 contendo o dossiê Aécio Neves.

A ANAC – AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL – determinou que em todos os aeroportos do Brasil sejam presas as pessoas que tentam embarcar com papel ou bolinhas de papel. José FHC Serra vai acusar o governo de Lula de estar desenvolvendo projetos secretos de enriquecimento de celulose. A dúvida é que de que organização terrorista partiu a bola que atingiu José FHC Serra. Segundo as autoridades as investigações preliminares permitiram descobrir que como foi bola a AL QAEDA não tem nada a ver com o atentado. Se fosse aviãozinho de papel estaria comprovada a participação da organização de Osama bin Laden.

Por outro lado ficou certo que José FHC Serra é lerdo e leso. Bush escapou da sapatada e Serra não conseguiu evitar a bolinha de papel.

O exame de balística do projétil determinou que bolinha/bala saiu de um chumaço de MAXPRINT, calibre A4, o que levou a ONU a interditar as fábricas da CHAMEX e da TILIBRA.

Segundo um porta-voz do Pentágono ainda bem que o ataque às torres gêmeas foi com aviões de verdade e não de papel, do contrário o estrago teria sido maior e sabe-se lá o que teria acontecido com o povo norte-americano.

O bispo de Guarulhos D. Luís Gonzaga Bergonzini mostrou-se horrorizado com o ataque e recomendou a padre José Augusto a dizer aos fiéis que o mundo está perdido. “Hoje bolinha de papel, amanhã confete e serpentina, onde vamos parar?”

Cientistas de todo o mundo afirmaram em nota oficial que as academias de ciências e universidades de todo o planeta perceberam agora o que causou a extinção dos dinossauros. Uma super bola de papel que veio do espaço.

Um militante do PT, vizinho do primo da cunhada da filha da Dilma foi preso nas últimas horas e apontado como principal suspeito do atentado contra José FHC Serra.

Obama já disse que não vai tolerar programas de enriquecimento de celulose em qualquer país, exceto os EUA. Ermírio de Moraes entrou em desespero com a medida do presidente dos EUA, teme o risco de ir a falência.

A REDE GLOBO de televisão destacou vários de seus jornalistas para apurar a fabricação clandestina de bolas de papel. Quer que a Polícia suba os morros e detenha quem esteja portando papel. O jogo do bicho, tradicional instituição brasileira está sob ameaça de extinção.

Onde anotar os palpites?

O governador eleito do Paraná, Beto Richa, em estrita observância à liberdade de expressão, proibiu a divulgação de pesquisas de intenção de votos que mostrem José FHC Serra em queda, atribuindo os números ao papelório dos principais institutos de pesquisas no Brasil.

Segundo o governador eleito, tucano, é para preservar a moral e os bons costumes.

Um novo boletim médico sobre o estado de saúde de José FHC Serra, atingido por uma chuva de papel picado, deve ser emitido antes das 22 horas.

Observação – esse artigo foi escrito em cima de dados passados por uma guerreira histórica da luta popular no Brasil

sábado, 23 de outubro de 2010

Acertando a bolinha no Serra!!!

Prá quem tá a fim de brincar um pouco com as sandices do Serra e desestressar, basta acessar o endereço http://www.gordonerd.com/jogo-acerte-a-bolinha-de-papel-no-serra?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+gordo. Divirtam-se!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Por Sanger e muitos outros.

Definitivamente, o dia de hoje não deveria ser triste. Afinal, os mineiros chilenos, após mais de dois meses sem ver a luz do sol, começam a ser resgatados e, ao que tudo indica, todos serão retirados sem maiores problemas. É dia também de comemorar o aniversário de uma sobrinha batalhadora (Geisa), o que significa mais festa em família. Também, após o feriadão, conforme previsto retornaríamos ao trabalho, com a expectativa da solução dos problemas que nos afastaram de nosso local de trabalho (o CEC Benjamin Guimarães) por alguns dias. Voltamos. E aí o dia começava a revelar suas tristezas!

Primeira: Nossas expectativas (dos professores e funcionários do CEC Benjamin Guimarães) foram frustradas. Continuamos na mesma, com prédio interditado e, o que é pior, ouvindo cobranças de pais de alunos e de outras figuras da cidade, sobre nossa atuação enquanto profissionais daquele educandário, como se toda a responsabilidade pelo que ocorre fosse nossa.
Até entendo que, sendo os trabalhadores da educação aqueles com quem a população tem contato direto, os procurem na intenção de dirimir dúvidas. Mas daí a culpá-los pelo que acontece, vai uma distância considerável. E faz-se isso sem tentar saber de quem é, de fato, a responsabilidade pelos descalabros que vivenciamos. Não se percebe, por exemplo, o quanto a burocracia estatal emperra o andamento das coisas, podendo, por isso, deixar sob risco, a vida de alunos e profissionais. Fosse eu hoje aluno de uma das turmas de 1ª série para as quais dou aulas, diria: “É prof., o bagulho é doido e o processo é lento!”

Segunda: Saímos em campo. Eu e Edna Victor. Visitamos pessoas e lugares tentando contribuir de alguma forma para a solução do problema do Colégio. Nada. Espaços que, externamente se mostram interessantes, na realidade não o são. Também, não foram construídos com a finalidade que procurávamos. E aqueles que o foram, estão em mãos particulares que, nesta hora, se aproveitam para encher as burras (no que não estão errados, dado que o próprio Estado também falha com eles em “n” situações).
Construir salas de aula é papel do Estado e é ele quem está falhando! Constatar mais uma vez isto entristece e emputece mais ainda a gente.

Terceira: Peregrino e vou prá casa. Escuto Paula Fernandes no computador o que me entristece mais ainda. As “viagens” por uma Minas Gerais que ainda não vi e de tempos que nem sei se vivi produzem lágrimas nos olhos. Fazem-me remoer sentimentos que não sei se poderei externar um dia. Não sei sequer se deverei expô-los. E aí percebo (mais uma vez) o quanto somos limitados pela vida que levamos, tendo que nos “enquadrar” nesta ou naquela situação.

Quarta: Leio o texto do Sanger em seu Blog. Bate uma vontade filha da puta de chutar absolutamente tudo. Mas paro e analiso um pouco mais calmamente o que ele diz. Tenho que concordar com os questionamentos feitos, mas ao mesmo tempo tento entender o que produz toda essa desgraceira por nós vivida. Concluo que, embora tenhamos uma tendência muito forte a colocar a educação como a tábua de salvação para todos os nossos problemas, ela não o é. Ela é apenas mais uma ferramenta da qual se vale a nossa sociedade, na maioria das vezes para produzir e reproduzir ideologias. E ela não existe descolada da realidade política, econômica e social do país. Ou seja, ela é aquilo que nossa sociedade (leiam: a burguesia brasileira) quer e quem determina o aspecto momentâneo desta “educação” é quem domina o aparato estatal.
Acho que, percebendo as coisas desta maneira, sinto-me menos culpado. Sei que neste processo todo somos apenas uma parte muito pequena, e que além das aulas que ministramos, dos projetos que tentamos emplacar, das amizades que construímos, das crianças e adolescentes pelas quais nos apaixonamos, existe todo um festival de coisas sobre as quais não temos controle algum e que, em última instância, determinam muito mais o que vai ser a nossa educação do que possamos imaginar.
Assim como o Sanger também desmonto diante de certas situações. Acho que é normal para pessoas que aprenderam a ver o mundo como um lugar de gente e não de números. Como lugar para se construir felicidades e vivê-las e não o inferno diário com o qual temos nosso cotidiano contato. Mas as duras realidades com as quais nos chocamos mostram que, para além dos muros das escolas e das academias, existe muito mais a ser transformado e que nossa ação precisa ter um alcance bem maior que a sala de aula.